CORINTHIANS JOGA MAL E SÓ EMPATA COM BRAGANTINO FORA DE CASA
Jorge Henrique herdou a vaga e a camisa do poupado Ronaldo. E foi vestindo a 9 do Fenômeno que o baixinho de 1,69m salvou o Corinthians de uma derrota para o Bragantino na noite desta quarta-feira, em Bragança Paulista. De cabeça, foi dele o gol que assegurou o empate por 1 a 1 na segunda rodada do Campeonato Paulista.
A equipe do Parque São Jorge não conseguiu imprimir o mesmo ritmo acelerado que apresentou contra a Portuguesa. E mais: foi pego de surpreso por um Bragantino bem articulado e ousado. Só que mesmo assim, o gol dos donos da casa saiu de uma falha individual de Chicão, que marcou contra.
Com essa igualdade, o Timão vai a quatro pontos, mantém invencibilidade, agora de 11 jogos, e fica na quarta colocação do Estadual. Já o Bragantino, que na estreia perdeu do Americana, somou seu primeiro ponto esta noite, ficando na 15ª colocação, podendo cair para zona de rebaixamento ao final da rodada.
O Corinthians volta a campo pelo Paulistão no próximo domingo, contra o Noroeste, às 17h (de Brasília), no Pacaembu. A partida antecede a estreia do Timão na Pré-Libertadores. Na quarta-feira, dia 26, o clube recebe o colombiano Tolima. O Bragantino, por sua vez, joga de novo em casa, contra o Santo André, no sábado.
A postura do Bragantino assustou o Corinthians. Sem se intimidar com a força do Timão, a equipe do interior paulista foi para cima. Não à toa dominou a partida nos minutos iniciais. Apostando na velocidade, o time anfitrião tentou se infiltrar na zaga alvinegra pelo meio, mas o caminho do gol era pela ponta.
Depois de tentar duas vezes em jogadas individuais de Rodriguinho, o Bragantino abriu o marcador no estádio Nabi Abi Chedi aos 16 minutos em uma jogada pela lateral direita. Júlio César encontrou espaço nas costas de Roberto Carlos, cruzou para o meio da área e contou com a ajuda de Chicão, que marcou contra.
O lance chegou a desestabilizar o Corinthians. Afobado, o time do técnico Tite buscou a reação de qualquer maneira, errando passes e usando pouca criatividade. Por várias vezes, o Timão tentou alçar as bolas na área. Mas sem trabalhar bem a bola. Facilitou, então, o trabalho dos zagueiros do Bragantino.
Porém, o caminho para o empate foi mesmo o da bola aérea. Só que em uma jogada bem trabalhada pela direita. Moacir recebeu bom passe em profundidade e cruzou milimetricamente na cabeça de Jorge Henrique, aos 37. O baixinho, de 1,69m, foi mais esperto que os marcadores e completou para o gol: 1 a 1.
Com a igualdade, o Corinthians cresceu e pressionou o Bragantino em seu campo de defesa, mas a tentativa de reação ficaria para o segundo tempo.
A pedido do técnico Tite, o Timão voltou para o segundo tempo com a mesma postura dos 15 minutos finais da etapa inicial. E por isso foi para cima do Bragantino em busca da virada. Tentou chegar primeiro com Bruno César, depois com Paulinho e mais tarde com Jucilei. Mas logo diminuiu o ímpeto.
Querendo aproveitar essa queda de produção do adversário, o técnico Marcelo Veiga colocou sangue novo no ataque do Bragantino. Sacou Fabrício Carvalho, que já tinha cartão amarelo, e mandou a campo Juninho Quixadá. Coincidência ou não, os donos da casa passaram a pressionar. E Quixadá estava nas jogadas.
Pressionado, o Corinthians sentia dificuldade em sair do campo de defesa. Optou, então, pelos chutões para frente. Mas ainda assim, sem conseguir criar, o jeito foi arriscar de longe, como fez Bruno César aos 19 minutos. O camisa 10 chutou forte da intermediária e a bola passou por cima do travessão.
O Timão voltou a tentar o ataque, mas se esqueceu de Quixadá. A sorte é que o atacante perdeu um gol incrível aos 23 minutos, quando ficou cara a cara com o goleiro Julio Cesar. Mas logo entrou outro atacante para infernizar a defesa alvinegra. E um velho conhecido da Fiel: Finazzi.
E por duas vezes ele teve a oportunidade de frustrar seu ex-time. Só faltou pontaria e calma. Com a ideia de recuperar mais a posse de bola, Tite colocou Danilo e tirou Bruno César, já desgastado. Não deu muito certo. O Corinthians continuou sem espaço. Mas pelo menos segurou a pressão dos anfitriões.
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