TRICOLOR MOSTRA PODER DE REAÇÃO E VENCE MAIS UMA NO PAULISTÃO
A irregularidade segue acompanhando o São Paulo no Campeonato Paulista. Depois de um primeiro tempo muito fraco, quando a equipe foi totalmente dominada pelo Americana, com uma alteração no intervalo e mudança radical de postura, o Tricolor acordou na etapa complementar e atropelou um dos caçulas da competição no segundo tempo. No fim, a equipe comandada por Paulo César Carpegiani venceu por 4 a 3 a partida realizada nesta quarta, no estádio Décio Vitta.
Com o triunfo, o terceiro em quatro jogos, a equipe, além de conquistar a reabilitação na competição, já que vinha de derrota para a Ponte Preta, subiu para a segunda colocação na tabela, com nove pontos, um a menos que o Santos, que ficou no empate com o São Caetano nesta rodada. Curiosamente, Peixe e Tricolor farão o clássico da quinta rodada do estadual, no próximo domingo, em Barueri. Já o Americana buscará a reabilitação contra o Noroeste, em Bauru.
Americana domina no primeiro tempo
Os dois times entraram em campo em rotações completamente diferentes. O Americana, empolgado pela surpreendente campanha, começou com vontade e, mesmo sem esbanjar qualidade técnica, tomou a iniciativa da partida. Já o São Paulo, por sua vez, preferiu adotar a cadência no começo. A ordem era valorizar a posse de bola e apostar na velocidade do trio Fernandinho, Dagoberto e Marlos. Em relação ao time que perdeu para a Ponte Preta por 1 a 0, o técnico Paulo César Carpegiani fez uma alteração, colocando Xandão na vaga de Cleber Santana. O camisa 13, então, faria o papel de falso lateral pela direita, com o intuito de melhorar a marcação. Mas, quando a bola rolou, a alternativa mostrou-se um tremendo erro.
Isso porque o São Paulo concentrou seu jogo apenas pela esquerda, com Juan, que foi facilmente anulado pelo adversário. Pela direita, Xandão ficava parado e nem mesmo quando Marlos vinha buscar a bola saía algo perigoso. E, ao mesmo tempo em que tentava atacar, o lateral-esquerdo tricolor deixava um buraco nas suas costas. Na primeira jogada em que o Americana conseguiu aproveitar esse espaço, aos 19, saiu o gol. Luis Felipe desceu pela ponta e, quando recebeu a marcação de Miranda, que saiu para cobrir Juan, tocou para Fumagalli, que livre, cruzou na medida para Marcinho, nas costas de Xandão, bater de primeira, sem chance de defesa para Rogério Ceni.
Mas, como o futebol não é lógico, no seu pior momento em campo, o São Paulo achou o seu gol. Dagoberto recuperou uma bola na esquerda e tocou para Fernandinho, que fintou o marcador, foi ao fundo e cruzou errado para trás. Só que a bola bateu na perna de Gercimar e entrou no canto direito do gol defendido por Jaílson.
Mas o Americana não desanimou e , aos 45, marcou o segundo gol, em nova falha de Xandão, que perdeu no alto para Charles. A bola sobrou para Rafael, que fintou Alex Silva, invadiu a área e, na saída de Rogério Ceni, tocou com categoria e saiu para o abraço.
Fernandão entra, Tricolor cresce e Dagoberto decide
No intervalo, Carpegiani sacou Xandão e colocou Fernandão no seu lugar. O time voltou ao 4-4-2 e, logo aos três minutos, chegou ao empate. Após recuo errado de cabeça de Jorge Luiz, Dagoberto foi mais rápido que o goleiro Jaílson e bateu por cobertura. Júlio César ainda tentou salvar, mas o juiz Flávio Rodrigues Guerra, com a ajuda do auxiliar que fica atrás do gol, validou o lance: 2 a 2 no marcador.
O São Paulo melhorou principalmente porque, com Fernandão, o time passou a ter um peça que conseguiu fazer a bola parar no meio-campo. Fernandinho, Marlos e Dagoberto cresceram em campo e o Americana, que jogava fácil, recuou todo, assustado. E, aos 12, o Tricolor, soberano em campo, virou o marcador. Fernandão saiu da área, recebeu na direita e cruzou para Dagoberto que, de peito, tocou para o fundo do gol. Aos 19, após passe de Marlos, Dagoberto chutou por cima. Do lado do Americana, o técnico Edinho resolveu dar novo gás ao ataque, com Jhon na vaga de Charles.
Não adiantou nada. O São Paulo seguiu comandando a partida. Carpegiani sacou Marlos para colocar Zé Vítor e aumentar o poder de marcação do meio-campo. E, aos 28, o Tricolor fez o quarto, com Jean. O polivalente arrancou pelo meio, driblou Hélton e, de fora da área, disparou uma bomba, no ângulo de Jaílson. A bola bateu na travessão, nas costas do goleiro do Americana e morreu no fundo das redes. Com o jogo definido, o time diminuiu o seu ritmo. Nos acréscimos, Fumagalli, de pênalti, ainda marcou mais um para o time da casa.
Comentários
Postar um comentário