SÃO PAULO PRESSIONA, MAS SANTOS LEVA OS 3 PONTOS
O São Paulo dominou o jogo, criou chances, rondou a área do Santos a todo o momento, finalizou mais: 17 a 10. Mas no número que vale, o de gols, o Peixe foi bem melhor na Arena Barueri: 2 a 0. Pode-se dizer que o time da Vila Belmiro venceu graças à eficiência de sua equipe, personificada principalmente em Elano. O meia abriu o placar de cabeça e chegou a cinco gols. Ele também deu o chute que resultou no rebote para o gol de Maikon Leite, com quem divide a artilharia do Paulista. Com o resultado, o Santos retoma à liderança, com 13 pontos. O Tricolor cai para o quinto lugar, com nove. Na rivalidade entre os dois clubes, o Santos leva grande vantagem na história recente: do ano passado para cá, foram cinco vitórias e apenas uma derrota.
Bem a seu estilo, o Santos começou veloz, explorando as descidas de Maikon Leite pela direita. O meia Róbson, com intensa movimentação, conseguia se livrar da marcação dos volantes são-paulinos e era visto por todos os lados do campo. Aos dez minutos, essa mobilidade alvinegra confundiu a defesa são-paulina. Róbson recebeu pela direita e, de pé esquerdo, achou Elano, que entrava na área sem ser percebido pelos tricolores. O meia só escorou de cabeça, para o chão, sem chance para Rogério Ceni.
Aos poucos, o São Paulo retomou o domínio da posse de bola e, consequentemente, do jogo. À medida que a chuva engrossava, a equipe do Morumbi ampliava sua superioridade. Pela esquerda, Juan e Fernandinho confundiam a marcação santista, Pará, que não sabia para onde correr, era facilmente envolvido. Para tentar resolver isso, Adilson Batista fez uma inversão. Passou o ala para o meio, e deslocou Adriano, que marca melhor, para fazer a lateral direita.
O Tricolor, no entanto, não conseguiu transformar seu melhor posicionamento em chances de gol. A não ser por uma, aos 38, quando Dagoberto cobrou falta da esquerda e Rafael deixou a bola escapar. Ela ultrapassou a linha, mas o gol foi anulado por impedimento: a zaga alvinegra saiu rápido e deixou o ataque são-paulino realmente adiantado.
O Santos, mais preso à marcação, passou a viver de chutões na direção de Maikon Leite ou Keirrison, que foram anulados pelos zagueiros adversários.
O São Paulo voltou ainda melhor para os segundo tempo. Posse de bola, posicionamento correto, marcação precisa. O Santos não passava do meio de campo. Fernandinho continuava deitando e rolando pelo lado esquerdo, confundindo a marcação santista. O problema é que o Tricolor, mais uma vez, tinha dificuldades para criar aquela chance mais efetiva. Rondava a área, até invadia o espaço defendido por Rafael. Só que o passe final nunca achava um pé são-paulino.
Quando isso aconteceu, faltou sorte. Aos cinco minutos, Dagoberto cruzou da direita e Fernandão tentou de virada. A bola passou perto da trave esquerda. Aos 25, Juan lançou da esquerda e Jean apareceu sozinho na direita. Ele escorou de chapa, pé direito, mas a bola foi na trave.
O Santos parecia morto. Só parecia. Maikon Leite não havia acertado nenhum lance em toda a partida. Apagado, isolado na ponta direita, facilmente desarmado pelos zagueiros são-paulinos. De repente, aos 28 minutos, Elano recebeu na intermediária. Ajeitou, tomou distância. Miranda, em vez de correr para tentar abafar o chute, ficou só olhando. O tiro saiu forte e rasteiro. Rogério Ceni errou e espalmou no pé de Maikon, que só empurrou para o gol. Era o bastante. Ao final da partida, a torcida santista, empolgada, ainda teve tempo de gritar olé.
O Santos volta a campo na próxima quarta-feira para enfrentar a Ponte Preta, às 19h30m, em Campinas. Já o São Paulo joga quinta, contra o Linense, também às 19h30m, no Morumbi.
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