BRASIL VENCE POLÔNIA E INICIA BEM A LIGA MUNDIAL

Em casa, diante de um Maracanãzinho quase lotado, Bernardinho viu o italiano Andrea Anastasi, técnico da Polônia, tentar estragar a festa. O Brasil penou nos dois primeiros sets, mas conseguiu vencer por 3 a 0 e manter a invencibilidade na Liga Mundial. Com destaque para Leandro Vissotto no ataque e para Serginho e Giba na defesa, a seleção superou o forte bloqueio polonês e continuou sem perder sequer uma parcial na competição. Fechou o jogo em 25/23, 26/24 e 25 a 21 e ampliou o bom retrospecto, somando agora 37 triunfos em 51 confrontos com o adversário europeu. Brasil e Polônia voltam a se enfrentar no Rio de Janeiro neste domingo, às 10h (de Brasília).

Como prometido, Bernardinho fez mudanças em relação às partidas contra Porto Rico, na estreia da Liga Mundial, e dois destaques do Sesi na última Superliga ganharam oportunidade entre os relacionados. O oposto Wallace ocupou o lugar de Theo no banco, enquanto Thiago Alves ganhou a vaga de João Paulo Tavares.

O que permaneceu inalterada foi a formação titular. Mesmo com o retorno de Murilo, o treinador manteve João Paulo Bravo entre os seis que começaram em quadra.

O Brasil previu com perfeição a estratégia da Polônia. O que a seleção não poderia imaginar era que os rivais se sairiam melhor desde o começo. Com o saque bastante forçado, os europeus quebraram o passe brasileiro e cresceram no bloqueio. Bartman, Ignaczak e Kurek, este também com pancadas no ataque, deixaram o adversário na frente na primeira parada técnica: 8 a 6.

Dois pontos perdidos na sequência fizeram Bernardinho pedir tempo. E a conversa com Bruninho surtiu efeito. O levantador explorou mais as jogadas com Leandro Vissotto e, em um ataque na rede dos poloneses, o Brasil empatou em 12 a 12. O técnico Andrea Anastasi reclamou muito de toque do bloqueio brasileiro, mas a arbitragem não se mobilizou.

A alegria da torcida, porém, durou pouco. Giba parou duas vezes em Mozdonek. Bartman, atuando como oposto, saltou para cravar a bola no chão e deixar os visitantes na frente na segunda parada: 16 a 13.

Os poloneses seguiram melhores e, quando o placar mostrou 19 a 14, Bernardinho parou o jogo de novo. E, mais uma vez, brilhou a estrela de Vissotto. O oposto marcou dois pontos seguidos de ataque e ainda bloqueou com sucesso para empatar em 22 a 22. Após Ruciak marcar, Giba voltou a deixar o Brasil na frente. Após uma defesa espetacular de Serginho, o ponteiro foi decisivo e, explorando o bloqueio, fechou o set para o Brasil: 25 a 23.

O segundo set começou com um banho polonês. Os ataques de Giba pararam três vezes na defesa. Enquanto a bola brasileira não caía, Ruciak e Kurek viravam tudo e bloqueavam com eficiência. Três pontos de Vissotto evitaram uma tragédia maior na primeira parada técnica: 8 a 3.

Após a conversa, a seleção voltou sensivelmente melhor. O camisa 6 da seleção seguiu bem no ataque, e João Paulo Bravo reduziu a diferença para dois pontos: 9 a 7. A distância se manteve e, com uma bola de segunda de Zygadlo, a Polônia fez 13 a 11. No lance seguinte, Bruninho mostrou que também tem oportunismo e deu o troco.

A polêmica do set ocorreu no 15º ponto polonês, em que os brasileiros alegaram quatro toques. Bernardinho protestou contra a arbitragem, sem sucesso. Explorando o bloqueio, Vissotto deixou o Brasil apenas um ponto atrás no placar. Com 150 vitórias na Liga no currículo, Giba fez valer sua experiência para empatar a partida em 17 a 17.

Assim como no primeiro set, o treinador brasileiro chamou Wallace para reforçar a rede na reta decisiva. Desta vez, Marlon também ganhou chance em quadra. No saque, Giba colocou o Brasil pela primeira vez na frente no placar. O ponteiro até mandou uma bola na rede, mas se redimiu em seguida saltando no fundo de quadra para marcar 23 a 22.

Destaque na defesa, João Paulo Bravo apareceu no ataque para fazer 24 a 23. O ponteiro errou a força do saque e cedeu a igualdade, mas um erro polonês no mesmo fundamento devolveu a vantagem. Em um bloqueio de Lucão, a seleção fechou em 26 a 24.

No terceiro set, foi a vez de o Brasil disparar desde o início. Bruninho abriu o marcado com uma bola de segunda. Zygadlo não deixou barato e devolveu o ponto da mesma forma. Leandro Vissotto seguiu bem, e João Paulo Bravo cresceu na ponta. Quando o jogo estava 5 a 2 para a seleção, um rali espetacular levantou ainda mais a a torcida. Serginho fez três defesas dificílimas e ainda levantou para um ataque de Vissotto. Mesmo quando Giba não alcançou um ataque polonês, o Marazanãzinho inteiro aplaudiu o esforço dos atletas.

O ponto deu moral aos comandados de Anastasi, que reduziram a diferença para um ponto: 6 a 5. Rodrigão, em jogada rápida, garantiu o Brasil na frente. Com o saque na rede de Kurek, a seleção foi para a parada técnica com 8 a 6 no marcador.

Na volta do intervalo, o jovem ponteiro perdeu o tempo da bola e atacou na rede. A série de erros prosseguiu com Bartman, que tentou explorar o bloqueio e isolou: 10 a 6 para o Brasil. E a dianteira só fez aumentar. Com novas falhas do lado polonês, desta vez de Jarosz e Mozdzonek, grandes defesas Giba e um ataque certeiro de Vissotto, a margem foi ampliada para 13 a 8.

Com a desvantagem, Anastasi fez a inversão e colocou o levantador Woicki em quadra. A alteração deu resultado e, no saque, o “baixinho” de 1,82 fez a Polônia encostar no placar: 13 a 12. O jogo seguiu equilibrado: João Paulo Bravo virava de um lado, e Kurek devolvia do outro. Com Giba, a seleção chegou à parada técnica com 16 a 14.

Na reta final, foi a vez de Lucão se destacar. Em jogadas rápidas pelo meio com Marlon e, depois, com um ace, o central fez 22 a 17 no placar. A Polônia teve seus melhores momentos com Jarosz e forçou o saque na base do tudo ou nada. Em um ataque preciso de Giba, a seleção garantiu os 3 a 0 no placar: 25 a 21.

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