SANTOS DETONA PEÑAROL E SAGRA-SE TRICAMPEÃO DA LIBERTADORES




O Santos levantou o seu terceiro troféu sul-americano numa partida bem mais tranquila do que todos esperavam. Foi 2 a 1? Parece pouco e apertado para que não viu (será que alguém não viu?). Mas foi uma vitória alcançada com ampla superioridade em campo. Mesmo no 0 a 0 da primeira etapa, o Santos tinha controle e pressão na decisão. Contra-ataques uruguaios eram tímidos, esporádicos e quase inofensivos. E aí não vai nenhum demérito à história, mística e espírito vencedor dos carboneros. É apenas uma constatação óbvia. O Peixe soube ser melhor. Aproveitou o fato de ter um time com mais qualidade. Teve calma diante da demora para abrir o placar. Manteve sintonia com os torcedores. E concluiu a missão.

Tricampeão da Libertadores. Com os dois jogadores mais talentosos do futebol brasileiro (Neymar e Ganso), com um treinador vencedor e que soube respeitar o estilo da garotada e com um um grupo de jogadores que, sem a genialidade da dupla já mencionada, une experiência (Leo e Edu Dracena), dedicação (Durval e Adriano) e dinâmica unida à versatilidade (Danilo e Arouca). Não há o que contestar. E nem com o fantasma do gol de Estoyanoff, a 10 minutos do fim, o Santos se sentiu atingido. Não sentiu o gol, manteve a frieza, não levou nenhum outro susto e correu para o abraço. Não deu sopa ao azar, pelo contrário: não fez o terceiro gol porque Deus, ou, mais concretamente, Zé Love não quis (com todo respeito ao valente, brigador e dedicado centroavante santista).

Decisão decidida no talento e na postura determinada em campo. Mas que virou realidade com o gol de Neymar, antes do segundo minuto da etapa final. Talento mesclado à modernidade. Armação de Ganso, projeção de Arouca, segundo volante, e passe perfeito para a conclusão, de primeira, de Neymar. O domínio ficou ainda mais escancarado e se transformou em delírio na calma de Danilo na jogada do segundo gol. Jogou demais o multi-função. Híbrido de volante, meia e lateral-direito. Sonho de consumo para qualquer treinador.

Deu Santos. Na bola, na moral, no talento e até na frieza, ganhou da garra e da mística uruguaia, que, reconheçamos, deve sempre ser respeitada. Venceu porque, simplesmente, é melhor. E está encantado. Em dezembro, se tudo der certo e nenhum Mazembe cruzar o caminho de Barcelona e Santos, teremos uma final arrebatadora de Mundial em Yokohama, Jogo de gigantes. E que ainda nos dará muito assunto, papos interessantes e história, muita história. Que venha logo esse épico.

E que um dia tenhamos uma final de Libertadores, e também uma decisão no futebol brasileiro, sem torcedores em campo, sem gente intrusa arrumando confusão e instigando jogadores de cabeça quente. Que um dia possamos bater no peito e dizer que a competição mais importante da América do Sul é tão bem organizada quanto a Champions League. Acho que merecemos sonhar com tal milagre. Não custa. Realidade hoje é o título do Santos. Santos de Neymar, Ganso e do mar branco dos peixes. O aquário da vitória.

Comentários

  1. Gostei da postura do time do Santos durante todo o jogo. Mereceu ganhar o título da Libertadores. Todos deram o seu melhor.

    Muito bom o texto, parabéns!

    p.s.: uma santista muito feliz :)

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  2. Exatamente!! Foi um time que foi pra frente e mostrou o que queria: ser CAMPEAO!! Torci muito tbm e gostei do que vi! hehe (primeiro jogo que assisto diretamente do skype) hahahaha
    Obrigado pelo elogio!

    PS: um saopaulino muito feliz com o titulo do Santos ;)

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