CORINTHIANS DERROTA O BOCA, CONQUISTA A LIBERTADORES E CARIMBA PASSAPORTE RUMO AO JAPÃO PELA PRIMEIRA VEZ




Achei que demoraria mais para escrever um texto cujo título seria esse, mas já que ontem o Corinthians derrotou o experiente Boca Juniors na final da Libertadores, aqui vai minha análise da partida ontem, que consagrou pela primeira vez o Timão campeão do torneio.

Foi épico. O Corinthians entrou em campo em meio a uma torcida inflamada e ansiosa, pois pela primeira vez na história a equipe tinha chances reais de sair do estádio campeã do torneio que mais rendeu sátiras e zuação pelos torcedores rivais. Depois de um empate heroico em La Bombonera, com um gol aos 40 minutos do 2º tempo de Romarinho, o time de Parque São Jorge só precisava de uma vitória simples para se sagrar campeão.

Durante toda a Libertadores, o Corinthians apresentou uma defesa sólida e consistente e um ataque frio e objetivo. Não foi diferente na final. Contra o Boca, conhecido como “papa títulos da América”, o Corinthians manteve seu estilo. Ficou atrás, esperando o adversário tocar a bola, se organizar no ataque, mas sem dar espaço para qualquer jogador que ousasse se infiltrar em sua defesa.

Alessandro levanta a taça de campeão da Libertadores
Na metade do 1º tempo, a equipe dirigida por Tite começou a se soltar e, aos poucos, começou agredir a defesa argentina, mas sem oferecer maiores perigos. Já na segunda etapa, a torcida presente no Pacaembu continuava empurrando o time, até que em uma bola levantada na área, Danilo tocou de calcanhar para Emerson, que matou no peito e bateu na saída do goleiro Sosa, abrindo o placar para delírio dos corintianos. Visivelmente nervoso em campo, os argentinos do Boca tentaram a todo custo o empate, mas começaram a abusar da violência.

Muitos falam que uma partida decisiva é feita de detalhes. E foi assim que, novamente ele, Emerson, dispensado pelo Fluminense por ter cantado parte do hino do Flamengo na concentração, decretou números finais ao jogo. Em uma bola recuada pelo experiente zagueiro Schiavi, Sheik foi esperto, roubou a bola e partiu sozinho em direção ao gol, marcando o 2º dele e do Corinthians na partida e praticamente definindo o resultado naquele momento.

Depois disso, restou ao Boca apenas esperar o final do jogo, com mais alguns cartões amarelos, é claro. Em resumo, reconheço a superioridade do Corinthians em todo o torneio, que sempre foi um desejo dos alvinegros. Claro que aquele lance do gol perdido pelo Diego Souza consagrou o goleiro Cássio e deu ainda mais confiança à defesa corintiana, que se fortaleceu ainda mais rumo ao título. No meio, Ralf e Paulinho mantiveram-se firmes e sabiam exatamente o que fazer e quando fazer. Na frente, Danilo e Emerson foram decisivos e fizeram os gols quando necessário. Um time completo, que se não se desmanchar, tem tudo para chegar no Japão e levar o título mundial contra o Chelsea. Resta esperar mais alguns meses...

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