PARA FELDMAN, HOUVE MÁ CONDUÇÃO POLÍTICA NA EXCLUSÃO DO MORUMBI DA COPA 2014
A novela para definição do estádio da cidade de São Paulo na Copa do Mundo de 2014 fez com que a cidade atrasasse os planos e ficasse fora da Copa das Confederações de 2013. Na opinião do atual Secretário Especial de Articulação para Grandes Eventos em São Paulo, Walter Feldman, a Fifa não foi sincera com o comitê organizador local na hora de desaprovar o Morumbi como a arena da capital paulista. A declaração foi dada durante o seminário Um olhar para a Zona Leste, na terça-feira (27).
- Faltou sinceridade. Tivemos muitos contatos com os comitês e nas reuniões eles eram profundamente reticentes, não definiam, não deixavam nada claro. Havia um esforço da diretoria do São Paulo para apresentar alternativas, mas todas as respostas eram negativas. Se houvesse sinceridade, nós já teríamos resolvido isso há muito tempo. O estádio provavelmente já estaria com a construção mais avançada, seja o Itaquerão, o Pacaembu ou qualquer outro. Mas a Fifa, na minha avaliação, nos prejudicou.
Feldman participou ativamente do processo para que o Morumbi fosse aprovado para receber os jogos de São Paulo na Copa. Então Secretário de Esportes, Lazer e Recreação de São Paulo, ele era um dos defensores da arena, que só foi excluída oficialmente do Mundial em junho de 2010, quase três anos depois da escolha do Brasil como sede da Copa.
Para o secretário, era claro que a Fifa já sabia desde o início que o Morumbi não seria o estádio de São Paulo, mas não queria assumir a responsabilidade de excluir a arena do Mundial. Na opinião de Feldman, essa falta de sinceridade e de habilidade política custou pelo menos dois anos à cidade na construção de outro local para receber os jogos.
- O maior prejuízo em relação à Copa do Mundo para São Paulo foi a Fifa, que nos atrasou dois anos. Ela já estava determinada a não aprovar o Morumbi. Nós ficamos dois anos estudando aquilo que nós não sabíamos que a Fifa já havia decidido. Ela não tinha coragem de falar. Estavam dando corda para que projetos de mudança pudessem aparecer, mas sabiam que seria muito difícil. As primeiras reuniões que tivemos já revelavam isso. Foi uma decisão técnica, mas com má condução política por parte da Fifa.
A negativa da Fifa, porém, sempre foi acompanhada de críticas do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, ao Morumbi. A briga do cartola com o São Paulo é antiga. Vem desde que o presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, não aceitou apoiar o candidato de Teixeira, Kleber Leite, na eleição para presidência do Clube dos 13, em 2010. O são-paulino preferiu ficar ao lado de Fabio Koff e ganhou o chefão da CBF como inimigo.
Feldman diz que o próprio Teixeira afirmou várias vezes que a Fifa não aprovaria os projetos do São Paulo para o Morumbi, e dava a entender que a prefeitura da cidade deveria excluir o estádio antes da decisão final da entidade que comanda o futebol mundial. Dois meses depois da exclusão da arena são-paulina, o projeto corintiano do Fielzão foi aprovado como sede dos jogos na cidade, com apoio total de Teixeira.
- Várias vezes o Ricardo Teixeira me disse que a Fifa tinha dificuldade para aprovar o Morumbi. Como se ele dissesse "tomem a decisão de não ser o Morumbi. Já que a Fifa não está decidindo, vocês de São Paulo digam não”. Mas nós não poderíamos fazer isso se a Fifa não determinava. Era como se alguém tivesse que assumir essa responsabilidade. Os governos do Estado e do município não poderiam abandonar o São Paulo se a Fifa ainda dava esperanças. Ficamos todos juntos esperando o que eles iriam decidir e eles decidiram pelo “não”. E esse “não” nos atrapalhou muito. Essa é a verdade.
Depois de toda a lambança da entidade na escolha do estádio paulista na Copa, Feldman afirma que parte dos problemas serão resolvidos se o Fielzão for escolhido para a abertura do Mundial.
- Acho que a Fifa errou, prejudicou o São Paulo e espero que isso seja compensando com a escolha do estádio do Corinthians para fazer a abertura da Copa. Se isso não acontecer, será um prejuízo inestimável, que desequilibraria o futebol nacional.
Fim parcial da novela
A Fifa só confirmou no dia 13 de julho de 2011 que o futuro estádio do Corinthians, no bairro de Itaquera, será um dos palcos da Copa do Mundo de 2014, mas não garantiu que o local receberá a abertura. Em junho deste ano, a Prefeitura de São Paulo concedeu incentivo fiscal no valor de R$ 420 milhões para o estádio do Corinthians e viabilizou a construção.
A entidade vai anunciar apenas em 21 de outubro a sede do jogo de abertura da Copa do Mundo. A medida serve como um “refresco” para a cidade de São Paulo e o Corinthians, que correm contra o tempo com a construção do Fielzão, que é o favorito para receber a abertura do Mundial.
Sediar o primeiro jogo é considerado estratégico porque o jogo inicial da Copa reúne centenas de autoridades de todo o mundo. Além disso, também é palco do Congresso Anual da Fifa, que começa dias antes do torneio. São Paulo, Brasília, Salvador, Belo Horizonte e Rio de Janeiro ainda "concorrem" pela abertura.
- Faltou sinceridade. Tivemos muitos contatos com os comitês e nas reuniões eles eram profundamente reticentes, não definiam, não deixavam nada claro. Havia um esforço da diretoria do São Paulo para apresentar alternativas, mas todas as respostas eram negativas. Se houvesse sinceridade, nós já teríamos resolvido isso há muito tempo. O estádio provavelmente já estaria com a construção mais avançada, seja o Itaquerão, o Pacaembu ou qualquer outro. Mas a Fifa, na minha avaliação, nos prejudicou.
Feldman participou ativamente do processo para que o Morumbi fosse aprovado para receber os jogos de São Paulo na Copa. Então Secretário de Esportes, Lazer e Recreação de São Paulo, ele era um dos defensores da arena, que só foi excluída oficialmente do Mundial em junho de 2010, quase três anos depois da escolha do Brasil como sede da Copa.
Para o secretário, era claro que a Fifa já sabia desde o início que o Morumbi não seria o estádio de São Paulo, mas não queria assumir a responsabilidade de excluir a arena do Mundial. Na opinião de Feldman, essa falta de sinceridade e de habilidade política custou pelo menos dois anos à cidade na construção de outro local para receber os jogos.
- O maior prejuízo em relação à Copa do Mundo para São Paulo foi a Fifa, que nos atrasou dois anos. Ela já estava determinada a não aprovar o Morumbi. Nós ficamos dois anos estudando aquilo que nós não sabíamos que a Fifa já havia decidido. Ela não tinha coragem de falar. Estavam dando corda para que projetos de mudança pudessem aparecer, mas sabiam que seria muito difícil. As primeiras reuniões que tivemos já revelavam isso. Foi uma decisão técnica, mas com má condução política por parte da Fifa.
A negativa da Fifa, porém, sempre foi acompanhada de críticas do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, ao Morumbi. A briga do cartola com o São Paulo é antiga. Vem desde que o presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, não aceitou apoiar o candidato de Teixeira, Kleber Leite, na eleição para presidência do Clube dos 13, em 2010. O são-paulino preferiu ficar ao lado de Fabio Koff e ganhou o chefão da CBF como inimigo.
Feldman diz que o próprio Teixeira afirmou várias vezes que a Fifa não aprovaria os projetos do São Paulo para o Morumbi, e dava a entender que a prefeitura da cidade deveria excluir o estádio antes da decisão final da entidade que comanda o futebol mundial. Dois meses depois da exclusão da arena são-paulina, o projeto corintiano do Fielzão foi aprovado como sede dos jogos na cidade, com apoio total de Teixeira.
- Várias vezes o Ricardo Teixeira me disse que a Fifa tinha dificuldade para aprovar o Morumbi. Como se ele dissesse "tomem a decisão de não ser o Morumbi. Já que a Fifa não está decidindo, vocês de São Paulo digam não”. Mas nós não poderíamos fazer isso se a Fifa não determinava. Era como se alguém tivesse que assumir essa responsabilidade. Os governos do Estado e do município não poderiam abandonar o São Paulo se a Fifa ainda dava esperanças. Ficamos todos juntos esperando o que eles iriam decidir e eles decidiram pelo “não”. E esse “não” nos atrapalhou muito. Essa é a verdade.
Depois de toda a lambança da entidade na escolha do estádio paulista na Copa, Feldman afirma que parte dos problemas serão resolvidos se o Fielzão for escolhido para a abertura do Mundial.
- Acho que a Fifa errou, prejudicou o São Paulo e espero que isso seja compensando com a escolha do estádio do Corinthians para fazer a abertura da Copa. Se isso não acontecer, será um prejuízo inestimável, que desequilibraria o futebol nacional.
Fim parcial da novela
A Fifa só confirmou no dia 13 de julho de 2011 que o futuro estádio do Corinthians, no bairro de Itaquera, será um dos palcos da Copa do Mundo de 2014, mas não garantiu que o local receberá a abertura. Em junho deste ano, a Prefeitura de São Paulo concedeu incentivo fiscal no valor de R$ 420 milhões para o estádio do Corinthians e viabilizou a construção.
A entidade vai anunciar apenas em 21 de outubro a sede do jogo de abertura da Copa do Mundo. A medida serve como um “refresco” para a cidade de São Paulo e o Corinthians, que correm contra o tempo com a construção do Fielzão, que é o favorito para receber a abertura do Mundial.
Sediar o primeiro jogo é considerado estratégico porque o jogo inicial da Copa reúne centenas de autoridades de todo o mundo. Além disso, também é palco do Congresso Anual da Fifa, que começa dias antes do torneio. São Paulo, Brasília, Salvador, Belo Horizonte e Rio de Janeiro ainda "concorrem" pela abertura.
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