ALGUÉM AÍ SABE PARA QUEM VAI SOBRAR?
A Fifa calculou que a meia-entrada para idosos e estudantes em ingressos de jogos da Copa do Mundo de 2014 vai causar um prejuízo de US$ 100 milhões (cerca de R$ 180 milhões) e já avisou o governo brasileiro que não aceita arcar com esse ônus.
Na segunda-feira, a presidente Dilma Rousseff se encontrou na Bélgica com o secretário-geral da entidade máxima do futebol, Jérôme Valcke, para discutir impasses na legislação para a organização do Mundial -a chamada Lei Geral da Copa. A meia-entrada é um ponto de desacordo com o governo.
A Fifa ganhou US$ 4,1 bilhões (R$ 7,3 bilhões) nos quatro anos da Copa de 2010, realizada na África do Sul. A maior parte do dinheiro veio do evento. No Brasil, a entidade espera ter uma receita um pouco maior.
A federação já fechou 17 dos 20 contratos com patrocinadores para o Mundial.
Dilma disse à Fifa que não poderia interferir na concessão da meia-entrada para estudantes no Brasil por se tratar de um benefício previsto em leis estaduais, posição que tira da esfera federal a responsabilidade de achar uma solução para o impasse.
Mas a Câmara dos Deputados surpreendeu o governo ao aprovar anteontem o Estatuto da Juventude, que justamente torna a meia-entrada um benefício nacional para os estudantes de 15 a 29 anos. O Estatuto do Idoso já garante descontos iguais para pessoas acima de 60 anos.
O ministro do Esporte, Orlando Silva, terá de negociar, ao mesmo tempo, com a Fifa e com seu partido, o PC do B. Ligada a associações de estudantes, a legenda articulou a aprovação do Estatuto na Câmara e fará, com outras siglas, pressão para aprovar a medida em caráter definitivo.
Ontem, o líder do governo, Cândido Vaccarezza (PT-SP), reconheceu ter sido um erro abrir a possibilidade de federalizar a meia-entrada. O deputado aposta na alteração da proposta, que ainda terá de passar pelo Senado. "Se der meia-entrada para todo mundo, não vai ser mais meia, vai ser integral", disse ele, lembrando que o direito também vale para os idosos. A oposição brigará pelo benefício federal. O tema divide a base de apoio ao Planalto. "Sou do movimento estudantil, não temos como lutar contra isso", disse Renan Filho (PMDB-AL), presidente da comissão especial que analisará a Lei Geral da Copa.
O preço total do ingresso é uma polêmica que tende a crescer com a proximidade da Copa. Na média, os ingressos nos últimos dois Mundiais custaram cerca de US$ 135 -o valor no Brasil poderia chegar a uma média de US$ 70 com a meia-entrada. Mas há uma ala de deputados na Câmara que afirma que, após as negociações, a Fifa pode tornar os preços mais altos e proibitivos para o torcedor brasileiro. Pelo atual texto da lei da Copa, que ainda não foi discutido pelo Congresso, a Fifa tem a palavra final para decidir quanto custará o ingresso -com ou sem meia-entrada.
Na segunda-feira, a presidente Dilma Rousseff se encontrou na Bélgica com o secretário-geral da entidade máxima do futebol, Jérôme Valcke, para discutir impasses na legislação para a organização do Mundial -a chamada Lei Geral da Copa. A meia-entrada é um ponto de desacordo com o governo.
A Fifa ganhou US$ 4,1 bilhões (R$ 7,3 bilhões) nos quatro anos da Copa de 2010, realizada na África do Sul. A maior parte do dinheiro veio do evento. No Brasil, a entidade espera ter uma receita um pouco maior.
A federação já fechou 17 dos 20 contratos com patrocinadores para o Mundial.
Dilma disse à Fifa que não poderia interferir na concessão da meia-entrada para estudantes no Brasil por se tratar de um benefício previsto em leis estaduais, posição que tira da esfera federal a responsabilidade de achar uma solução para o impasse.
Mas a Câmara dos Deputados surpreendeu o governo ao aprovar anteontem o Estatuto da Juventude, que justamente torna a meia-entrada um benefício nacional para os estudantes de 15 a 29 anos. O Estatuto do Idoso já garante descontos iguais para pessoas acima de 60 anos.
O ministro do Esporte, Orlando Silva, terá de negociar, ao mesmo tempo, com a Fifa e com seu partido, o PC do B. Ligada a associações de estudantes, a legenda articulou a aprovação do Estatuto na Câmara e fará, com outras siglas, pressão para aprovar a medida em caráter definitivo.
Ontem, o líder do governo, Cândido Vaccarezza (PT-SP), reconheceu ter sido um erro abrir a possibilidade de federalizar a meia-entrada. O deputado aposta na alteração da proposta, que ainda terá de passar pelo Senado. "Se der meia-entrada para todo mundo, não vai ser mais meia, vai ser integral", disse ele, lembrando que o direito também vale para os idosos. A oposição brigará pelo benefício federal. O tema divide a base de apoio ao Planalto. "Sou do movimento estudantil, não temos como lutar contra isso", disse Renan Filho (PMDB-AL), presidente da comissão especial que analisará a Lei Geral da Copa.
O preço total do ingresso é uma polêmica que tende a crescer com a proximidade da Copa. Na média, os ingressos nos últimos dois Mundiais custaram cerca de US$ 135 -o valor no Brasil poderia chegar a uma média de US$ 70 com a meia-entrada. Mas há uma ala de deputados na Câmara que afirma que, após as negociações, a Fifa pode tornar os preços mais altos e proibitivos para o torcedor brasileiro. Pelo atual texto da lei da Copa, que ainda não foi discutido pelo Congresso, a Fifa tem a palavra final para decidir quanto custará o ingresso -com ou sem meia-entrada.
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