BRASIL BATE REPÚBLICA DOMINICANA E CHEGA À FINAL CONTRA CUBA MAIS UMA VEZ
Não chegou a ser o sufoco da estreia, quando o Brasil perdeu um set para a República Dominicana. Desta vez, valendo vaga na final do Pan de Guadalajara, a equipe verde-amarela só encontrou resistência no terceiro set e, apesar da força dos golpes das rivais caribenhas, fechou em 3 a 0, com parciais de 25/19, 25/18 e 25/23. A queda de produção na parte final, no entanto, foi suficiente para tirar do sério o técnico José Roberto Guimarães, que deixou a quadra com a bronca entalada na garganta. E ele só tem um dia para resolver os problemas, porque na quinta-feira a equipe volta à quadra para uma decisão com gosto de revanche contra Cuba.
- No terceiro set, deu tudo errado. Não quero nem pensar em Cuba ainda porque estou louco para entrar no vestiário e dar aquele esporro nelas. A gente caiu de produção, e isso não pode acontecer num jogo que vale vaga para a final – afirmou um irritado Zé Roberto ao deixar a quadra.
Cuba chegou à final ao passar pelos Estados Unidos, por 3 sets a 1 (parciais 25/17, 25/16, 25/27 e 25/21). Se a lembrança de 2007 é desfavorável para as brasileiras, já que as rivais venceram a decisão no Rio de Janeiro, no torneio em Guadalajara a equipe verde-amarela já mostrou força ao bater as rivais na fase classificatória. Paula Pequeno, um dos destaques da semi, sabe que a rivalidade entrará em quadra mais uma vez.
- Estamos na final, e jogo contra Cuba é sempre muito duro. Acima de qualquer coisa, nós vamos querer ganhar sempre, e vai se assim amanhã – afirmou Paula Pequeno após a partida.
No início, as pancadas chegaram a assustar. A cada jogada, as dominicanas largavam o braço e dificultavam a vida das brasileiras. Zé Roberto, à beira da quadra, tentava ensinar o melhor caminho. Aos poucos, a seleção se encontrou. Bastou levar a melhor no lance mais disputado do set, com um belo ataque de Paula Pequeno pelo meio após série de defesas dos dois lados, para que o time começasse a dominar o jogo.
Após a primeira parada técnica, a seleção começou a construir sua vantagem no placar. Com uma defesa sólida e bem nos bloqueios, o Brasil cometia poucos erros e contava com o apoio da torcida, que deu tom mexicano ao tradicional grito “Eu sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor”. O set chegou ao fim com novo ponto de bloqueio: 25/19.
As meninas mantiveram a mesma pegada no segundo set. Apesar das tentativas das dominicanas, Fabi se virava na defesa, e Paula Pequeno brilhava nas bolas pelas pontas. Com 6/2 no placar para as brasileiras, a seleção caribenha pediu o primeiro tempo do set para tentar arrumar a casa.
Não deu certo. Incansáveis, as brasileiras conseguiam neutralizar todas as tentativas de De la Cruz, melhor jogadora dominicana. As caribenhas, então, ficaram nervosas. Em erro bobo após bola de fundo de Sheilla, deixaram o Brasil chegar a 10 a 3 no placar. Paula Pequeno devolveu o presente em furada no lance seguinte, mas Sheilla, com uma pancada pelo meio, pôs tudo em ordem novamente.
As dominicanas se esforçavam. Tão incansável e baixinha quanto Fabi, a líbero Castillo se multiplicava na hora de defender os ataques brasileiros. Nem sempre conseguia. Como no bom rali que terminou com uma pancada de Sheilla na diagonal, chegando ao set point. Tandara, em nova jogada pela ponta, fechou o set em 25/18.
O início do último set foi mais complicado. As dominicanas voltaram melhores e conseguiram abrir boa vantagem sobre as brasileiras, que demoraram a reagir. À base das broncas de Zé Roberto, a seleção, no entanto, se encontrou e tomou a dianteira do placar: 20/19. O bom momento deixou as rivais nervosas, e um erro de recepção acabou na mão de Sheilla, que cravou para fechar a parcial em 25/23, colocando o Brasil na final.
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