POR AJUDAR A SELEÇÃO BRASILEIRA, ITALIANO É TACHADO DE TRAIDOR

Uma gentileza pode deixar marcada a carreira do italiano Maurizio Latelli. Com Marlon fora da primeira fase do Mundial, com problemas de saúde, o Brasil recorreu ao levantador do time de Marme Lanza para ajudar no treinamento em Verona. Desde então, ele tem sido tachado de traidor pelos jornais da cidade e pode até ser punido com uma multa.

- Traidor, eu? Estamos falando de um jogador que fez um pequeno treino com a seleção brasileira. Quem diz isso não pertence ao voleibol, mas sim ao futebol. Nós somos diferentes e por isso que somos chamados de família do vôlei – respondeu o italiano ao L’Arena, um dos periódicos locais mais importantes.

Maurizio treinou com a seleção brasileira na véspera da estreia contra a Tunísia, na última sexta-feira. Foi chamado para render o levantador Marlon, que ainda está com suspeita de doença de Crohn.

O jogador italiano, de 35 anos, nunca atuou na seleção italiana. Há oito anos, joga na A1 do Campeonato Italiana, primeira divisão do vôlei. Foram noves anos nas bases até chegar na principal. Apesar do fato ter acontecido em Verona, a notícia de que o italiano estava sendo rotulado foi recebida com repúdio em Ancona, onde a seleção brasileira se prepara para enfrentar Polônia e Bulgária.

Após o treino de reconhecimento do Palarossini, o capitão Giba se mostrou inconformado com a situação. Para a atividade desta quarta-feira, Bernardinho improvisou o repórter do SporTV Alexandre Oliveira, que já jogou como levantador profissionalmente.

- É inaceitável o cidadão ser tachado de traidor, sendo que nem na seleção ele joga – afirmou o ponteiro.

Um dos principais nomes do esporte na Itália, Andrea Zorzi não viu nenhum problema na atitude de Latelli. Zorzi, que agora trabalha como jornalista, lembrou que os brasileiros têm amizade com os italianos.

- A minha opinião é que um treino não vai mudar tanto assim. O Bernardinho e os jogadores têm relação de amizade com pessoas daqui da Itália e conseguem isso sem problema. Estão vendo como uma ajuda para uma das rivais da Itália e concorrente ao título. Mas eu não acredito que um treino seja crucial - afirmou Zorzi.

O Brasil, que busca o terceiro título consecutivo, estreia na segunda fase do Mundial nesta quinta-feira, às 16h (de Brasília), contra a Polônia. Na sexta, no mesmo horário, o adversário será a Bulgária.

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